Tenho medo de te perder, ouvia-lhe ela nos olhos. Sim, nos olhos. As palavras que se lêem no olhar doem menos porque são envolvidas na dúvida do instante de lucidez. Ele escrevia-lhas ao ouvido, mas ela apagava-as do ar, logo, abafava aquele doloroso som com a esponja da certeza de não lhes suportar a ressonância no coração.
Porque ela sabia que já se tinha perdido...
e ele nunca iria entender que, desde aquele dia, ela nunca mais foi capaz de encontrar o caminho de volta para o sossego da alma. Há coisas que as palavras não conseguem explicar...
Mas ela sabia...
que desde que se cruzaram, naquele dia, estava perdida...de amor por ele.
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