segunda-feira, 27 de junho de 2011

To swim, or not to swim...

Thank god for the swimming lessons, pensou ela.
Porque raio lhe teria surgido tal ideia ?
Na verdade, nem ela era fluente em inglês, nem nunca tivera as divinas lições de natação.
C'mon! swim!
Outra vez.
Teria abandonado a língua pátria e, na loucura do cansaço, desertado para um país diferente? Há quanto tempo estaria aqui? Dias? Semanas?
Há seis anos fez uma viagem de barco com a sua filha recém nascida, lembra-se bem, foram tempos felizes... Terá sido aí que se deu o acidente?
Swim, god dam'it!
Corrigiu a técnica, adulterada pela ignorância e pelo cansaço, obedecendo a essa estranha língua que não era a sua.
Swim!
E ela tão cansada, e o apelo do abismo azul ali tão perto, tão fácil.
Swim!
E ela tão cansada...
Recorda as palavras do seu pai, que nas férias no Algarve, travestido de instrutor de natação, lhe foi ensinando a arte da sobrevivência no meio líquido.:  "Se algum dia perderes pé, bóia!"
E foi assim, de braços abertos e olhos fixos no céu, que ela esperou que a corrente a arrastasse para terra.

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