terça-feira, 20 de novembro de 2012

recados




Continuo a gostar dos recados que me deixas espalhados por aí. Podia recolhe-los todos e  fazer um livro. Ou guardá-los numa caixa embrulhados numa fita de cetim como se guardam as cartas de amor. Mas não. Nunca lhes mexo.  Gosto de os ter espalhados pela casa e de os procurar quando me apetece cheirar-te. Gosto de os reecontrar quando ajeito uma almofada do sofá ou dentro do bolso do casaco que já não vestia desde a ultima estaçao. Sabem-me sempre a surpresa. E tantos anos depois, cada um dos quadradinhos de papel que foste deixando para tras, continuam a ser pedaços de ti, peças de um puzzle que nunca desisti de completar. 
Nunca deixes de escrever os meus recados. Mesmo sabendo que nunca te leio. Mesmo que não sejam para mim.

On the road

A propósito de uma conversa sobre liberdade

“The only people for me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, mad to be saved, desirous of everything at the same time, the ones who never yawn or say a commonplace thing, but burn, burn, burn, like fabulous yellow roman candles exploding like spiders across the stars and in the middle you see the blue centerlight pop and everybody goes "Awww!”

Jack Kerouac



Venha a nós esta dose de saudável loucura que nos faz viver a vida com impaciência e nao ceder ao aconchego do conformismo.


Não ceder.
Não quero
Ceder.
Não
Quero
pela estrada fora
Livre?